segunda-feira, julho 02, 2007

PREPOTÊNCIA E ARBITRARIEDADE SEM LIMITES

Trabalhador consular despedido e expulso do Consulado Geral de Portugal em Londres pela polícia.

Os precedentes são públicos: depois desta reunião e dos compromissos ali assumidos terem resultado em nada, os trabalhadores responderam assim e assim. Entretanto, chegava ao conhecimento público esta informação e esta outra. Em sequência, António Braga, o ainda Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, antecipando o registo político desta maioria governamental, responde com este autoritarismo compulsivo. Ao mesmo tempo, despudoradamente, o MNE mantinha esta linda prática. Que, de resto, continua. Tudo isto resultou numa situação insustentável. A roda-viva das demissões iniciou-se. Entre outros trabalhadores, saíram os seguintes: Filomena Fernandes, Martim, Carolina Costa, Ana Santos, Diogo Garcia. De seguida, cinco foram demitidos: Paulo Coimbra, Rui Coutinho, Adriano Almeida, António Costa e Miguel Andrade.

Agora foi demitido Jorge Carvalhinha. E expulso das instalações consulares, hoje, por 4 polícias, a pedido do Cônsul Geral, Miguel Pires.

E porquê? Porque reivindicava o seu salário de Junho depois de ter sido despedido por, de acordo com o seu contrato de trabalho, com a lei e com o entendimento das autoridades inglesas, ter, mais uma vez, solicitado que as suas contribuições para a Segurança Social fossem entregues em Portugal. Como sempre foi desejo dos trabalhadores. Que tentam, assim, evitar que o empregador Estado continue a furtar-se ao pagamento da contribuição para Segurança Social que lhe cabe. Jorge Carvalhinha foi escorraçado das instalações do Consulado pelo Cônsul, Miguel Pires, e pela polícia, mas não recebeu o seu salário. Uma cena lamentável. Indigna de um Estado de Direito.

Quem demite o inefável, autoritário e politicamente medíocre António Braga? Não há limites para a arbitrariedade e prepotência?