sexta-feira, maio 04, 2007

MENSAGEM A GARCIA

O Diogo Garcia saiu do Consulado Geral de Portugal em Londres.

Os precedentes são públicos: depois desta reunião e dos compromissos ali assumidos terem resultado em nada, os trabalhadores responderam assim e assim. Entretanto, chegava ao conhecimento público esta informação e esta outra. Em sequência, António Braga, o ainda Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, antecipando o registo político desta maioria governamental, responde com este autoritarismo compulsivo. Ao mesmo tempo, despudoradamente, o MNE mantinha esta linda prática. Que, de resto, continua. Tudo isto resultou numa situação lamentavelmente insustentável. Um trabalhador em comissão de serviço decidiu regressar a Lisboa. A roda-viva das demissões iniciou-se. Entre outros trabalhadores, saíram os seguintes: Filomena Fernandes, Martim, Carolina Costa, Ana Santos. De seguida, cinco foram demitidos: Paulo Coimbra, Rui Coutinho, Adriano Almeida, António Costa e Miguel Andrade. Entretanto, o Adido Social é exonerado, e bem (exibindo uma incompetência trágica mas hilariante, custava ao erário público 12.900 euros mensais), sem que, contudo, um técnico social tenha assumido funções.

Agora saiu o Diogo Garcia.

Apostamos que outros sairão muito brevemente.

Amputado da maioria dos trabalhadores que desempenhavam funções operacionais, o Consulado Geral de Portugal em Londres funciona, hoje, com seríssimas dificuldades. Com elevados custos para os escassos trabalhadores que permanecem em funções e para os 500 mil portugueses que, estimadamente, vivem no Reino Unido. Hoje em dia, para servir os emigrantes portugueses no Reino Unido, o Consulado Geral de Portugal em Londres dispõe de cerca de metade dos trabalhadores de que dispunha no início desta crise: pouco mais que uma dezena e meia de pessoas, incluindo o Cônsul, o Cônsul Adjunto e o Chanceler. Mas António Braga não pode reforçar o quadro de pessoal. Não o pode fazer porque, no seu afã de justificar o injustificável - a demissão dos trabalhadores que exigiam segurança social -, tem vindo pública e reiteradamente a assumir que aquela decisão se enquadra no conjunto das medidas de reestruturação que diz estar a implementar: os “ (...) cidadãos não recorrem ao Consulado-Geral de Portugal em Londres” e que por isso, “não se justifica a manutenção de tanto pessoal (...). - É topete! - Ficamos sem palavras para tanta demagogia. Os portugueses que esperam meses a fio, muitas vezes sem sucesso, por serviços consulares indispensáveis (e sem prestadores alternativos) mereciam outro respeito.

Assim sendo, PRECISA-SE - E PRECISA-SE COM URGÊNCIA - DE UM HOMEM CAPAZ DE LEVAR UMA MENSAGEM A GARCIA”: Ao Diogo Garcia, distinto membro da Comissão Ad Hoc, de saída do Consulado de Portugal em Londres, com fraternidade e estima.

(Post de Ex. Membros da Comissão Ad Hoc Trabalhadores Contratados + Comissão Ad Hoc Trabalhadores Contratados)