Greve no Consulado de Portugal em Londres
"Trabalhadores param nove dias
Os trabalhadores do Consulado de Portugal em Londres decidiram hoje fazer uma greve de nove dias, a partir de 28 de Março, para protestar contra o que dizem ser «uma situação de precariedade total promovida pelo Estado português».
A greve vai coincidir com o período da Páscoa, que é uma das alturas em que os emigrantes recorrem mais aos serviços do Consulado.
«Sabemos que a decisão vai ter um impacto muito negativo na comunidade portuguesa, mas não nos resta outra alternativa para lutar contra a inércia do Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse Rui Coutinho, um dos trabalhadores que votou a favor da paralisação.
No pré-aviso de greve, que segunda-feira será entregue ao cônsul-geral de Portugal em Londres, os trabalhadores esclarecem que as suas exigências se concentram em dois pontos: o pagamento de contribuições à Segurança Social e a retenção do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho.
«Nós vivemos numa situação ilegal e de precariedade total promovida pelo Estado português, que não quer cumprir estas obrigações básicas», explicou o mesmo funcionário.
O problema tem vindo a ser denunciado com mais insistência durante o último ano, sobretudo pelos trabalhadores do Consulado que têm contratos a termo e que constituem quase dois terços do total (19 em 30).
Nesse período, os funcionários criaram um blogue para denunciar o problema à comunicação social, produziram camisolas com a inscrição «Segurança Social: Não me pagam», que utilizaram durante uma semana enquanto trabalhavam, e enviaram uma delegação a Lisboa, para explicar as reivindicações ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
«Como nada foi feito, tivemos de marcar esta greve de nove dias. E decidimos que será feita em períodos de três dias, de terça a quinta-feira, para que percebam que não queremos aproveitar pontes porque o tema é demasiado sério», acrescentou Rui Coutinho."
In Jornal Expresso On-Line, 20:14, 17 Março 2006
A greve vai coincidir com o período da Páscoa, que é uma das alturas em que os emigrantes recorrem mais aos serviços do Consulado.
«Sabemos que a decisão vai ter um impacto muito negativo na comunidade portuguesa, mas não nos resta outra alternativa para lutar contra a inércia do Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse Rui Coutinho, um dos trabalhadores que votou a favor da paralisação.
No pré-aviso de greve, que segunda-feira será entregue ao cônsul-geral de Portugal em Londres, os trabalhadores esclarecem que as suas exigências se concentram em dois pontos: o pagamento de contribuições à Segurança Social e a retenção do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho.
«Nós vivemos numa situação ilegal e de precariedade total promovida pelo Estado português, que não quer cumprir estas obrigações básicas», explicou o mesmo funcionário.
O problema tem vindo a ser denunciado com mais insistência durante o último ano, sobretudo pelos trabalhadores do Consulado que têm contratos a termo e que constituem quase dois terços do total (19 em 30).
Nesse período, os funcionários criaram um blogue para denunciar o problema à comunicação social, produziram camisolas com a inscrição «Segurança Social: Não me pagam», que utilizaram durante uma semana enquanto trabalhavam, e enviaram uma delegação a Lisboa, para explicar as reivindicações ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
«Como nada foi feito, tivemos de marcar esta greve de nove dias. E decidimos que será feita em períodos de três dias, de terça a quinta-feira, para que percebam que não queremos aproveitar pontes porque o tema é demasiado sério», acrescentou Rui Coutinho."
In Jornal Expresso On-Line, 20:14, 17 Março 2006
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