quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Ana Santos

Definição e excelência da amizade.

“(...) A amizade é uma suma harmonia nas coisas divinas e humanas, com benevolência e amor. Dons tão grandes, que não sei se os Deuses concederam (excepto a sabedoria), outro maior aos mortais. Preferem uns as riquezas, outros a boa saúde, outros o poder, outros as honras, e, muitos, os prazeres. Estes últimos são só muito próprios das bestas, e o outro caduco e perecível, dependente não do nosso arbítrio, mas da inconstante fortuna. (...) Porque em primeiro lugar, como pode ser suportável a vida que não repousa na mútua benevolência de um amigo? Que coisa tão doce como ter um com quem falar de todo tão livremente como consigo mesmo? (...) De modo que não usamos mais da água e do fogo, como dizem, que da amizade. E não falo agora de uma amizade vulgar ou mediana (embora também esta deleite e aproveite), mas da verdadeira e perfeita, como foi a daqueles poucos que são tão afamados. Esta faz mais abundantes as prosperidades e as adversidades, rompendo-as e unindo-as, tornando-as mais suportáveis. (...)”

Cicero, Diálogo Sobre a Amizade
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À Ana Santos, distinto membro da Comissão Ad Hoc, de saída do Consulado de Portugal em Londres. Com fraternidade e estima
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(Post de Ex. Membros da Comissão AD HOC Trabalhadores Contratados + Comissão AD HOC Trabalhadores Contratados)