segunda-feira, junho 05, 2006

ESTADO, DIGNIDADE E GREVE

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ESTADO E DIGNIDADE

Em carta dirigida ao STCDE, a propósito da greve anunciada por este Sindicato, o Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros refere-se à incumbência do MNE de “assegurar a transmissão de uma imagem condigna do Estado Português”.

No entanto, este mesmo MNE, mantém trabalhadores sem segurança social, sem retenção de impostos, sem recibo de vencimento, sem salário igual aos restantes trabalhadores que fazem igual trabalho, sem possibilidade de aceder à carreira e sem acreditação.

O que significa dignidade?


COMISSÃO AD HOC NÃO ADERE À GREVE PROPOSTA PELO STCDE

A 17 de Março último, em escrutínio por voto secreto, a maioria dos trabalhadores do Consulado Geral de Portugal em Londres, decidiu avançar para a greve como forma de luta. Nove dias em três semanas com início a 4 de Abril.

O Sindicato, STCDE, escreveu, negando o seu apoio.

Que ponderássemos a não concretização da greve anunciada, solicitou o Sr. Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) aos trabalhadores do Consulado Geral de Portugal em Londres no penúltimo dia útil anterior à greve.

Os trabalhadores decidiram-se pela suspensão e acordaram reunir-se com o Sr. SECP a 18 de Abril.

Naquela reunião o Sr. SECP informou que, até Junho/Julho, enviaria à Comissão AD HOC e aos restantes trabalhadores em situação semelhante, para recolha de opinião, uma proposta de resolução para as questões da segurança social, dos impostos e da contratação.

O STCDE, que nunca priorizou os graves problemas que afectam os trabalhadores mais precários, ignora ostensivamente aquele compromisso e o seu calendário.

Neste contexto, a Comissão AD HOC solidariza-se com as razões do protesto dos trabalhadores e não adere à greve marcada pelo STCDE para 9 de Junho.

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